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Bianca Andrade emociona ao relembrar infância na Maré e questiona a meritocracia: ‘amigos que morreram’

Durante sua aparição no programa Conversa com Bial, a influenciadora digital Bianca Andrade, também conhecida como Boca Rosa, compartilhou detalhes de sua infância no Parque União, uma comunidade localizada no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Ela enfatizou a dificuldade de discutir meritocracia para aqueles que não vêm de um contexto privilegiado.
Bianca argumentou que é mais fácil defender a ideia de que o sucesso é puramente resultado do mérito individual quando se tem privilégios e acesso a oportunidades. Ela ressaltou que, para quem vive em áreas vulneráveis como a favela, a realidade é muito diferente, e o esforço para sobreviver é imenso diante da falta de recursos e possibilidades.
Realidade dura nas favelas
A fala da influenciadora destacou que a visão de ‘eu mereci’ pode ignorar a luta diária de quem busca sustento em condições desfavoráveis. “Tem muitos amigos que morreram, da minha rua, ao menos quatro. Inclusive, uma vez falei sobre meritocracia e trouxe exatamente esse recorte de amigos meus que hoje não estão mais vivos”, completou Bianca.
Mesmo tendo saído da comunidade com 20 anos, Bianca mantém um forte vínculo com o lugar. Ela descreve essa ligação como algo engraçado, pois, apesar de não morar na favela há uma década, ao retornar, sente como se o tempo não tivesse passado. Essa sensação, segundo ela, é inexplicável.
Sonhos protegidos pela mãe
Bianca destacou que sua fase mais feliz foi vivida no Parque União. Ela associou a felicidade a seus 15 anos, período em que era adolescente e sua mãe a protegia das dificuldades de criar um filho na favela. Essa proteção, segundo ela, permitiu-lhe ser uma pessoa sonhadora, pois sua mãe a deixava sonhar, a resguardava e não a limitava.
