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Carla Zambelli é indiciada pela Polícia Federal em caso envolvendo hacker

Caso pode parar no Supremo Tribunal Federal.
Na última quinta-feira (08/02), a Polícia Federal encerrou o inquérito sobre a invasão no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com isso, tanto a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), quanto o hacker Walter Delgatti Neto, foram indiciados.
O crime aconteceu em 4 de janeiro do ano passado e Delgatti teria conseguido acesso ao portal do CNJ por meio do login de um funcionário. À polícia federal ele confessou o crime e apontou Zambelli como mandante.
Ainda segundo Delgatti, o pedido de Zambelli incluía a inserção do nome de Alexandre de Moraes em um falso mandado de prisão. Moraes é ministro do Supremo Tribunal Federal e visto por bolsonaristas como uma espécie de “inimigo”.
O indiciamento pela Polícia Federal é apenas um primeiro passo. Para se tornar ré pelo caso no STF, Zambelli deve ser denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ou seja, a PGR vai analisar o material da PF e decidir se existem provas suficientes para levar o caso à Justiça.
Zambelli foi apontada como mandante do crime pelo próprio Delgatti; ela, no entanto, nega. No entanto, o advogado do hacker, Ariovaldo Moreira, garante que seu cliente apresentou provas à PF.
“Além de confirmar, ele produziu mais provas no sentido de que ele está falando a verdade”, disse. Zambelli alega que contratou Delgatti, por R$3 mil, para que ele fizesse melhorias em seu site e em suas redes sociais.
“A deputada reafirma que não cometeu qualquer conduta ilícita e/ou imoral, e exercerá, se necessário, seu amplo direito de defesa para comprovar sua inocência”, declarou o advogado da parlamentar, Daniel Leon Bialski.
