Esportes
Clubes do Brasil podem enfrentar taxa inédita no Mundial

O Mundial de Clubes de 2025, a ser realizado nos Estados Unidos, traz uma preocupação adicional para os clubes brasileiros: a carga tributária. A FIFA ainda não garantiu isenção de impostos para os 32 times participantes, o que pode resultar em uma tributação significativa sobre os valores recebidos durante o torneio. Este cenário fiscal exige atenção especial dos clubes, que devem considerar essas possíveis despesas em seu planejamento financeiro.
O montante total distribuído pela FIFA entre os participantes será de US$ 1 bilhão, aproximadamente R$ 5,8 bilhões. No entanto, as alíquotas de impostos podem variar conforme o estado americano onde os jogos ocorrerão. Por exemplo, na Califórnia, os impostos podem chegar a 7%, enquanto na Flórida não há cobrança de imposto estadual sobre a renda. Além disso, a ausência de reconhecimento de tratados de bitributação em alguns estados pode resultar em tributações duplas.
Como os impostos afetam os clubes brasileiros?
Os clubes brasileiros precisam estar cientes das possíveis implicações fiscais ao participar do Mundial de Clubes 2025. Sem um acordo de isenção fiscal firmado pela FIFA, as equipes podem enfrentar uma carga tributária que impactará diretamente seus ganhos no torneio. Isso significa que parte significativa dos prêmios pode ser destinada ao pagamento de impostos, reduzindo o lucro líquido dos clubes.
As negociações entre a FIFA e as autoridades dos Estados Unidos estão em andamento para tentar minimizar esses impactos fiscais. Contudo, até o momento, não há garantias de que um acordo favorável será alcançado. Assim, os clubes devem se preparar para a possibilidade de enfrentar tributações consideráveis durante o evento.
Quais são as premiações do Mundial de Clubes 2025?
A premiação do Mundial de Clubes 2025 é dividida por continentes e fases do torneio. Os clubes europeus podem receber entre US$ 12,81 milhões e US$ 38,19 milhões, enquanto os sul-americanos, incluindo os brasileiros, têm garantidos US$ 15,21 milhões. Já os clubes da Concacaf, Ásia e África receberão US$ 9,55 milhões cada, e os da Oceania, US$ 3,58 milhões.
Além disso, a premiação por fase do torneio é estruturada da seguinte forma:
- Fase de grupos: US$ 2 milhões por vitória e US$ 1 milhão por empate;
- Oitavas de final: US$ 7,5 milhões;
- Quartas de final: US$ 13,125 milhões;
- Semifinais: US$ 21 milhões;
- Vice-campeão: US$ 30 milhões;
- Campeão: US$ 40 milhões.
O que esperar do futuro em termos de isenções fiscais?
Para a Copa do Mundo de 2026, a FIFA já garantiu isenções de diversos impostos para as 64 seleções participantes. Isso demonstra que a entidade está ciente das preocupações fiscais e busca soluções para mitigar esses impactos em grandes eventos. No entanto, para o Mundial de Clubes 2025, ainda não há uma definição clara.
Os clubes brasileiros devem acompanhar de perto as negociações e estar preparados para ajustar suas estratégias financeiras conforme necessário. A possibilidade de isenções fiscais ainda está em aberto, mas até que um acordo seja formalizado, a prudência financeira será essencial para garantir que os clubes possam maximizar seus ganhos no torneio.
