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Havaianas politiza comercial com Fernanda Torres e gera onde de reação de políticos de direita; entenda
Propaganda teve forte reação nas redes sociais
Na televisão brasileira, uma simples propaganda pode se transformar em um verdadeiro fenômeno de repercussão nacional. Quando o humor, a criatividade e a política se encontram, o resultado costuma extrapolar a tela, gerando debates, boicotes e memes.
Foi exatamente isso que aconteceu com o novo comercial da Havaianas, estrelado pela atriz Fernanda Torres, que rapidamente deixou de ser apenas uma peça publicitária para virar um tema quente nas redes sociais e no noticiário político.
https://www.instagram.com/reel/DSkRqtBkcUQ/
No vídeo, Fernanda brinca com a expressão popular “começar o ano com o pé direito”, desejando, em vez disso, que as pessoas comecem o próximo ano “com os dois pés”. A frase, aparentemente inofensiva e espirituosa, foi interpretada por políticos de direita como uma indireta ao espectro político que representa esse lado ideológico.
Não divulguem esse comercial da Havainas com a Fernanda Torres porque a direita odiou. pic.twitter.com/iWeG72PtAW
— Pedro Ronchi (@PedroRonchi2) December 21, 2025
A atriz diz: “Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito… o que eu desejo é que você comece o ano com os dois pés, na porta, na estrada, na jaca, onde quiser. Vai com tudo, de corpo e alma. Havaianas, todo mundo usa, todo mundo ama.”
A reação veio rápido. O ex-deputado Eduardo Bolsonaro publicou um vídeo jogando um par de Havaianas no lixo, afirmando que deixará de usar o produto e acusando a marca de se alinhar à esquerda.
🚨URGENTE – Eduardo Bolsonaro joga suas Havaianas no lixo pic.twitter.com/wF1xID5t1x
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) December 22, 2025
Já o deputado Nikolas Ferreira ironizou o slogan, dizendo: “Havaianas, nem todo mundo agora vai usar.” Ambos alegaram enxergar um viés ideológico no tom do comercial.
Enquanto a Alpargatas, dona da marca, ainda não se pronunciou oficialmente, o caso reacende uma velha discussão sobre os limites entre humor, posicionamento político e publicidade.
Em tempos de polarização, até um chinelo pode virar símbolo de disputa ideológica, mostrando que, no Brasil, o entretenimento raramente escapa da arena política.