Identificado garoto de 12 anos que morreu vítima de infecção grave provocada por infestação de piolhos; caso serve de alerta

Cuide bem da saúde de seus filhos.

Um caso trágico ocorrido em Sabinas, no estado de Coahuila, no México, reacendeu a preocupação com doenças infecciosas pouco conhecidas, mas altamente letais.

Um menino de 12 anos, identificado como Amador Flores Vargas, morreu após contrair uma infecção grave causada por piolhos hematófagos. O estudante chegou ao hospital em estado crítico, já apresentando sintomas de falência múltipla de órgãos, febre alta, desidratação intensa e indícios de septicemia.

Os médicos confirmaram que a causa foi uma infecção bacteriana conhecida como riquétsiose, transmitida por parasitas como piolhos, carrapatos e pulgas. A riquétsiose, apesar de rara, é extremamente perigosa.

Ela é provocada por bactérias do gênero Rickettsia, que podem entrar no organismo humano através da picada de parasitas infectados. Os sintomas iniciais, como febre persistente, dores musculares, náuseas e manchas na pele, muitas vezes são confundidos com quadros virais comuns, o que dificulta o diagnóstico precoce.

No caso de Amador, suspeita-se que ele tenha começado a manifestar sinais da infecção cerca de oito dias antes de ser internado. Mesmo com a administração urgente de antibióticos, a evolução para choque séptico foi rápida e irreversível.

Em resposta à morte do menino, as autoridades sanitárias da região adotaram medidas emergenciais, instalando um cordão sanitário no bairro onde ele vivia. Equipes de saúde pública foram mobilizadas para realizar desinfestação em casas vizinhas, com o objetivo de conter possíveis focos do parasita.

Especialistas reforçaram o alerta para que a população procure atendimento médico ao menor sinal de sintomas compatíveis com a riquétsiose, especialmente em áreas onde o contato com animais de pequeno porte é comum.

O caso de Amador não apenas causou comoção local, como também expôs um risco frequentemente negligenciado: a possibilidade de infecções graves provocadas por parasitas considerados comuns na infância.

Especialistas recomendam medidas simples, como a higiene regular do couro cabeludo, o não compartilhamento de objetos pessoais e a inspeção periódica em crianças, principalmente em regiões com histórico da doença.

Embora rara, a riquétsiose tem potencial letal, e seu controle depende, sobretudo, da conscientização e da vigilância constante das condições sanitárias domésticas.