Famosos
Lembra da Josefa em A Viagem? Tânia Scher enfrentou batalha silenciosa e final trágico

Com a reprise de A Viagem no Vale a Pena Ver de Novo, muitos telespectadores reviverão momentos marcantes da novela e reencontrarão rostos que fizeram história na teledramaturgia brasileira. Entre eles está o de Tânia Scher, que interpretou com sensibilidade a personagem Dona Josefa, mãe de Téo (Maurício Mattar), no clássico de Ivani Ribeiro exibido em 1994. Natural do Rio de Janeiro, Tânia nasceu em 12 de março de 1947 e construiu uma carreira sólida e multifacetada ao longo das décadas de 1960 a 1990.
Trajetória de Tânia Scher
Sua trajetória artística começou no cinema, onde participou de produções emblemáticas como A Espiã que Entrou em Fria e Todas as Mulheres do Mundo, ambos lançados em 1967. A atriz seguiu atuando em filmes nos anos seguintes, incluindo Um Edifício Chamado 200 (1973), Motel (1974), Um Casal de 3 (1982), Leila Diniz (1987) e A Menina do Lado (1987). Tânia também teve uma destacada passagem pelos palcos, integrando peças de grande repercussão, como Os Sete Gatinhos, de Nelson Rodrigues, e a primeira versão brasileira do musical Hair, conhecido por seu teor provocativo e libertário.
Da TV ao esquecimento: afastamento e fim trágico
Na televisão, Tânia iniciou sua jornada com a novela A Próxima Atração (1970), exibida pela TV Globo. Participou ainda de títulos como O Homem que Deve Morrer (1971) e de produções especiais como Caso Especial (1976), Aplauso (1979) e Plantão de Polícia (1980). Apesar de uma carreira rica em atuações no teatro e no cinema, foi apenas nos anos 1990 que ela ganhou maior reconhecimento na TV, com seu papel em A Viagem. Sua atuação como Josefa emocionou o público e tornou-se seu personagem mais lembrado. Após esse sucesso, ainda fez participações discretas em A Próxima Vítima (1995) e Por Amor (1997), este último sendo seu derradeiro trabalho na telinha.
Nos anos seguintes, Tânia se afastou completamente da vida artística. Longe das câmeras por mais de uma década, ela passou a enfrentar uma dura batalha contra a depressão, condição que se agravou com o tempo. Reclusa e distante do meio que a consagrou, sua ausência chamou atenção de colegas e fãs que se lembravam de sua presença marcante nas artes cênicas brasileiras.
A atriz faleceu no dia 9 de agosto de 2008, aos 61 anos, após ser internada no Hospital Miguel Couto, no Rio de Janeiro. A causa da morte foi insuficiência respiratória agravada por complicações hepáticas.
