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Você talvez não se lembra, mas o padre Marcelo Rossi foi investigado e quase suspenso pelo Vaticano
Quase ninguém se recorda, mas o padre Marcelo Rossi esteve no centro de uma longa investigação conduzida pelo Vaticano, que durou cerca de dez anos. O caso veio a público em 2014, quando o colunista Ricardo Feltrin revelou detalhes do acompanhamento feito pela Igreja Católica ao sacerdote, que se tornou um dos religiosos mais populares do Brasil.
Segundo as informações divulgadas, o Vaticano passou a monitorar padre Marcelo do fim dos anos 1990 até 2009. A apuração teria começado após uma denúncia feita por um religioso brasileiro, que acusou o padre de promover um culto excessivo à própria imagem e de transformar celebrações religiosas em espetáculos midiáticos.
Investigação do padre Marcelo Rossi
Entre os pontos analisados estavam a presença constante do sacerdote em programas de televisão de grande audiência, como atrações dominicais populares na época. Para o denunciante, esse tipo de exposição desvirtuava práticas tradicionais da Igreja e aproximava as missas de um formato considerado inadequado para o ambiente religioso.
A investigação ficou sob responsabilidade do Dicastério para a Doutrina da Fé, então liderado por Joseph Ratzinger, que anos depois se tornaria o papa Bento XVI. Imagens das aparições televisivas do padre eram enviadas regularmente a Roma para avaliação dos responsáveis pelo processo.
Vaticano quase puniu o religioso
De acordo com Feltrin, padre Marcelo Rossi esteve perto de sofrer sanções severas, incluindo a suspensão de suas atividades religiosas. A morte do papa João Paulo II, em 2005, acabou adiando qualquer decisão, evitando que o sacerdote fosse impedido de celebrar missas, administrar sacramentos e lançar CDs e livros.