Em 2008, o Brasil acompanhou na televisão um dos crimes mais marcantes da história do país. Em um período em que questões de violência contra a mulher não tinham a mesma atenção que tem hoje, o país acompanhou uma adolescente ser morta.
Dizer que o país acompanhou o crime pela televisão não é exagero, já que emissoras de TV fizeram uma cobertura intensa do cárcere privado contra Eloá Pimentel, além de sua execução.
O autor do crime é Lindemberg Alves, que vivia um relacionamento amoroso com a menina. Além de Eloá, outros três amigos também foram mantidos presos e acabaram sendo liberados aos poucos. Nayara Rodrigues, amiga da adolescente, chegou a ser baleada ao retornar ao cativeiro com autorização da polícia.
O criminoso foi preso em flagrante pela polícia miliar e ficou preso por quatro anos até o julgamento. Lindemberg foi inicialmente condenado a 98 anos de prisão, mas teve a pena reduzida para 39 anos, em decisão de 2013.
Agora, Alves tenta reduzir ainda mais a pena através da legislação que prevê a remição da pena mediante ações de contribuição para a sociedade, como estudo ou trabalho. Alves tenta reduzir 109 dias de sua pena.
Márcia Renata, advogada de Lindemberg, afirmou ao G1 que “a remição por estudo e trabalho faz parte da função ressocializadora, permitindo a evolução do preso e facilitando seu retorno à sociedade”. A possibilidade de remição da pena gera polêmica.