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Entenda por que enterro de brasileira em Israel atraiu multidão
No sombrio cenário da recente violência entre Israel e a Faixa de Gaza, um ato de solidariedade e comunhão emergiu, iluminando as trevas da tragédia. O enterro de Bruna Valeanu, uma jovem brasileira-israelense brutalmente assassinada por terroristas do Hamas durante um festival de música eletrônica em Re’im, no sul de Israel, tornou-se um testemunho vivo da resiliência da comunidade judaica. No cemitério Yarkon, na região metropolitana de Tel Aviv, centenas de pessoas se uniram para prestar suas homenagens a Bruna e, ao mesmo tempo, fortalecer os laços que os unem como uma família maior.
A tradição judaica, representada pelo ritual do minyan, tornou-se o elo que uniu estranhos nesse momento de dor e luto. A palavra “minyan”, derivada do hebraico, significa contagem ou número, e, de acordo com os preceitos, requer a presença de pelo menos dez homens judeus com mais de 13 anos para formar o quórum necessário. Esta tradição, além de suas raízes religiosas, possui um poderoso significado simbólico: ela representa a unidade e a força da comunidade judaica.
O apelo da família de Bruna, compartilhado nas redes sociais, ecoou pelos corações e mentes de inúmeros indivíduos. Em um mundo onde muitas vezes nos encontramos divididos por diferenças culturais e religiosas, o chamado para ajudar uma família desconhecida atravessou essas barreiras. A comovente resposta foi uma multidão de pessoas, incluindo figuras notáveis como Eylon Levy, ex-conselheiro internacional da Presidência de Israel, que se apresentaram para garantir que Bruna fosse honrada conforme a tradição judaica.
O gesto de solidariedade foi mais do que apenas um cumprimento de um dever religioso; foi um ato de humanidade em sua forma mais pura. Pessoas comuns abandonaram seus próprios compromissos diários, deixaram seus carros para trás e caminharam em direção ao cemitério Yarkon. Em um momento em que a ameaça dos foguetes pairava sobre suas cabeças, esses indivíduos corajosos escolheram abraçar a família enlutada, proporcionando-lhes consolo e apoio em seu momento de maior desespero.
O gesto altruísta desses voluntários desconhecidos ressoa como um lembrete poderoso de que, apesar das divisões e conflitos que podem nos separar, a humanidade tem a capacidade de se unir em compaixão e solidariedade. Eles não apenas cumpriram um dever religioso; eles personificaram os valores universais de empatia e apoio ao próximo.
Além disso, o episódio destaca a resiliência da comunidade judaica em face da adversidade. Enquanto o conflito continua a infligir dor e sofrimento em ambas as partes, atos de bondade como esse oferecem uma visão de esperança. Eles nos lembram de que, mesmo em tempos sombrios, a humanidade pode prevalecer, e a luz da compaixão pode penetrar até mesmo as situações mais desafiadoras.
O enterro de Bruna Valeanu não será apenas lembrado como um triste adeus a uma vida jovem e promissora, mas também como um testemunho inspirador da capacidade humana de se unir diante da tragédia. Que este exemplo de solidariedade continue a inspirar e guiar nossas ações, lembrando-nos de que, juntos, podemos superar as divisões e construir um mundo onde a compaixão e o entendimento mutuo prevaleçam.
No conflito recente entre Israel e o Hamas, mais de 1,8 mil pessoas perderam a vida em ataques retaliatórios de Israel contra Gaza. O governo liderado por Benjamin Netanyahu alega que aproximadamente 150 pessoas foram sequestradas durante a invasão do Hamas, incluindo mulheres, idosos e crianças. A situação reflete um cenário de violência e tensão na região, com consequências humanitárias alarmantes.
Bruna Valeanu, a Brazilian-Israeli student, was brutally murdered at the Re’im music festival. Her only family in Israel is her mother and sister. A message went out calling on strangers to attend her funeral to make sure they have a minyan—just ten men.
The result: pic.twitter.com/ZeCciuLi8N
— Eylon Levy (@EylonALevy) October 10, 2023
The funeral was scheduled for 20min ago. We thought we were early. Still 1.4km just to reach the entrance of the cemetery. Israelis are amazing at responding to calls to attend funerals. Such strong social solidarity here in the absolute darkest of circumstances. pic.twitter.com/lZ0vbojc4w
— Eylon Levy (@EylonALevy) October 10, 2023
