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Especialista explica os cuidados que Micheli e Tati Machado deverão ter após a perda gestacional

Nesta semana, Micheli Machado, 44, e Tati Machado, 33, comoveram as redes sociais ao revelarem a perda de seus bebês ainda durante a gestação. Ambas estavam nos estágios finais da gravidez e notaram que algo estava errado ao perceberem a ausência de movimentos e batimentos dos filhos. A notícia chocou os fãs, que acompanharam parte dessa trajetória. As duas seguem sob monitoramento médico, recebendo cuidados necessários para lidar com o impacto físico e emocional.
Segundo a médica Ana Paula Mondragón, especializada em ginecologia e obstetrícia, a perda de um bebê, independentemente da fase da gestação, é uma experiência extremamente dolorosa. O evento marca não só uma ruptura de expectativas, mas também traz profundas consequências emocionais e físicas, exigindo uma atenção especial para a recuperação da saúde da mulher.
A médica explica que, logo após o parto, seja ele normal ou cesariana, inicia-se um processo de reestruturação corporal, conhecido como puerpério. Nesta fase é comum haver sangramento vaginal leve, dores abdominais semelhantes a cólicas e flutuações hormonais intensas. Todo esse processo demanda acompanhamento médico constante.
Cuidados essenciais após a perda gestacional
Segundo a especialista, durante o período de recuperação é necessário adotar uma série de cuidados específicos. A mulher precisará evitar atividades físicas, manter abstinência sexual e, em alguns casos, utilizar medicamentos para interromper a produção de leite. O ciclo menstrual, geralmente, retorna ao normal em até seis semanas.
A médica explicou ainda que é fundamental que a mulher fique atenta a sinais que podem indicar complicações, como febre persistente, dor intensa, sangramentos anormais, odores incomuns vindos da cicatriz ou da secreção vaginal e alterações bruscas na pressão arterial. Esses sintomas requerem avaliação médica imediata.
O luto invisível e o acolhimento necessário
Ainda pouco discutida, a perda gestacional é frequentemente chamada de “luto invisível” por não receber a devida atenção social. Muitas vezes, a dor da mulher é minimizada ou mal compreendida pelas pessoas ao redor, o que contribui para o isolamento emocional e o sofrimento silencioso. Comentários mal colocados ou julgamentos, mesmo que não intencionais, podem agravar ainda mais a sensação de solidão.
É fundamental permitir que a mulher viva seu luto no tempo dela. Reações como choro, raiva, sensação de culpa e questionamentos sobre o motivo da perda são normais. Nessa fase delicada, o apoio da família e dos amigos próximos é essencial, mas a orientação de profissionais especializados em saúde mental é indispensável. Atualmente, há psicólogos e terapeutas capacitados para auxiliar no processo de ressignificação e retomada do equilíbrio emocional.
