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Luto: morre Sebastião Salgado, o maior fotógrafo brasileiro

O renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado faleceu nesta sexta-feira, 23 de maio de 2025, aos 81 anos, em Paris. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização ambiental fundada por ele e sua esposa, Lélia Wanick Salgado.
A causa da morte não foi divulgada. Salgado deixa dois filhos e um legado marcante na fotografia documental e no ativismo socioambiental.
Morre o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado
Nascido em Aimorés, Minas Gerais, em 1944, Sebastião Ribeiro Salgado Júnior formou-se em Economia pela Universidade Federal do Espírito Santo e concluiu mestrado na Universidade de São Paulo, além de doutorado na Universidade de Paris. Iniciou sua carreira como economista, mas foi durante viagens de trabalho à África que descobriu sua paixão pela fotografia, utilizando a câmera de sua esposa. Em 1973, decidiu dedicar-se integralmente à fotografia, mudando-se para Paris, onde residiu por grande parte de sua vida.
Salgado tornou-se conhecido por suas impactantes imagens em preto e branco, retratando questões sociais, ambientais e humanitárias. Entre seus projetos mais notáveis estão “Outras Américas”, “Trabalhadores”, “Êxodos”, “Gênesis” e “Amazônia”. Este último, lançado em 2021, foi descrito por ele como uma experiência profundamente transformadora, destacando a beleza e a importância da floresta amazônica.
Premiado no mundo, Sebastião Salgado foi reconhecido por seu olhar
Ao longo de sua carreira, Sebastião Salgado recebeu diversos prêmios e reconhecimentos internacionais, incluindo o Prêmio Príncipe de Astúrias das Artes em 1998, o W. Eugene Smith Memorial Fund Grant em 1982 e a Medalha do Centenário da Royal Photographic Society em 1993. Em 2016, foi eleito membro da Academia de Belas-Artes da França, tornando-se o primeiro brasileiro a integrar a instituição.
Além de seu trabalho fotográfico, Salgado dedicou-se ao ativismo ambiental. Em 1998, fundou o Instituto Terra com sua esposa, visando à recuperação ambiental de áreas degradadas no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. O projeto já conseguiu restaurar milhares de hectares de Mata Atlântica, servindo como modelo de reflorestamento e educação ambiental.
