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Águas começam a baixar e descortinam cenário de guerra no Vale do Taquari no RS – Imagens assustam
O número de mortos por causa das enchentes chega a 100.
As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde 29 de abril deixaram um rastro de destruição e desespero. De acordo com os dados mais recentes (tarde 07/5) o número de mortos chegou a 100, com mais de 130 pessoas ainda desaparecidas.
O saldo de feridos ultrapassa os 360 e cerca de 207.800 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas, sendo 48.800 acolhidas em abrigos temporários e 159.000 desalojadas, encontrando refúgio com entes e amigos.
O impacto das enchentes é vasto, afetando 401 dos 497 municípios do estado e atingindo 1,4 milhão de pessoas. A cidade de Cruzeiro do Sul foi uma das mais afetadas, deixando para trás um cenário de devastação total.
Em um dos bairros da cidade, onde viviam 3 mil pessoas, todas as 500 casas foram danificadas, nenhuma restando em condições habitáveis. Ana Paula Silva, vendedora, expressou sua angústia: “Eu tenho minha família, mas eu não tenho mais casa para morar. Eu não tenho como recomeçar, eu não tenho.”
Os prejuízos se estendem aos serviços básicos. Mais de 750mil imóveis estão sem acesso a água limpa, representando 26% dos clientes da Corsan. Em termos de energia elétrica, 270 mil pontos atendidos pela RGE Sul estão sem luz, enquanto a CEEE Equatorial reporta 180 mil pontos afetados em Porto Alegre e outras cidades vizinhas.
Além disso, as estradas estaduais sofrem com bloqueios em 99 trechos de 42 rodovias, incluindo pontes danificadas, dificultando ainda mais a mobilidade e os esforços de resgate.
O sindicato das escolas privadas recomendou a suspensão das atividades até sábado (11), enquanto as forças de resgate, apoiadas pela Brigada Militar, continuam trabalhando intensamente nas áreas mais afetadas.
O governador Eduardo Leite descreveu o momento como de “administrar o caos”, com esforços concentrados em salvar vidas e minimizar a ação de saqueadores. A situação permanece crítica e requer atenção contínua, destacando a necessidade de apoio e solidariedade para as comunidades devastadas.