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Detenta revela que privilégios de Deolane em presídio incomodaram presas

O portal LeoDias esteve presente em frente à Colônia Penal Feminina de Buíque, localizada a 280 km de Recife, Pernambuco, onde Deolane Bezerra está detida há 11 dias. Em uma conversa exclusiva, uma detenta que deixou o local neste domingo (22/9), após receber a concessão de prisão domiciliar, compartilhou informações sobre a rotina no presídio e a recepção de Deolane pelas demais internas.
A mulher, que preferiu não se identificar, informou que Deolane ocupa uma cela especial destinada a detentas grávidas e que diariamente tem acesso ao banho de sol, embora em horários diferentes das outras presas. “Ela foi bem recebida, está em uma sala especial para ela, porque não pode se misturar com as presas. Ela fica na cela dela, uma cela especial. Ela está em uma cela junto com as grávidas. Os banhos de sol são todos os dias, ela não participa [junto com as outras presas], porque ela não pode, mas ela tem o horário dela”, explicou.
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A chegada de Deolane causou grande agitação entre as detentas. “Quando ela chegou agitou a cadeia, as negas tudo doida querendo ver ela”, revelou a entrevistada.
Ainda de acordo com a entrevistada, Deolane não está utilizando uniforme, mas sim roupas normais nas cores branco e azul. “Não, só [roupas] branco e azul, mas não é uniforme, é roupa normal”, contou.
As interações entre Deolane e as outras internas são restritas, mas amistosas. “Ficam tudo doidas querendo ver, mas a polícia não deixa nem chegar perto, não podemos nem chamar ela. Ela cumprimenta, dá tchau e as meninas ficam todas doidas”, disse.
No entanto, as regalias de Deolane geraram certa insatisfação entre algumas detentas. “Ela está em uma cela sozinha, é bem tratada, não é mal tratada e nem nada. Isso chegou a incomodar algumas presas, mas o chefe de segurança explicou que ela não podia ficar junto com as presas, porque ela é advogada e não podia entrar em contato com nenhuma presa”, relatou.
Quando questionada sobre o estado emocional de Deolane, a detenta afirmou: “Não vi ela chorando não, vi ela feliz. Esses dias eu a vi frente a frente, ela estava normal.”
A entrevistada também destacou as dificuldades enfrentadas na rotina da prisão. As celas comuns, superlotadas, abrigam entre 15 e 20 detentas em espaços apertados, com calor intenso e sem ar-condicionado. “Em uma cela comum ficam 15, 16, até 20 presas. É um quadradinho pequeno com cinco camas, duas dormem em cada cama, e as outras dormem no chão. É muito quente, muito mesmo. Só pode ter ventilador, mas são poucas que têm, aí a gente fica tomando banho, mas é só três baldes por presa”, contou.
Além disso, a mulher comentou que, após a prisão de Deolane, as regras na unidade se tornaram ainda mais rigorosas, culminando com a visita da equipe de Direitos Humanos. “Ficou mais rígido, os direitos humanos vieram aqui”, finalizou.
