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Diagnóstico de HIV em sua mãe fez com que o ator Cauã Reymond sofresse preconceito, ofensas, ataques e bullying

O ator Cauã Reymond emocionou o público ao compartilhar, em entrevista concedida ao programa Altas Horas, exibido na noite do último sábado, 24 de maio, pela TV Globo, relatos marcantes sobre as dificuldades enfrentadas na infância e adolescência. Ao conversar com o apresentador Serginho Groisman, o artista abriu o coração sobre questões familiares, revelando, inclusive, que foi vítima de bullying e humilhações na escola por conta da condição de saúde da mãe, portadora do vírus HIV.
Além do preconceito enfrentado, Cauã afirmou que a infância foi particularmente desafiadora devido à ausência de uma figura paterna constante em sua vida. “Não tinha ali uma figura masculina. Eu sei que é difícil quando as pessoas olham para mim hoje, eu tive uma infância, muito, muito difícil, muito rica também, que me ajuda a contar histórias”, contou, revelando que o pai morava em Santa Catarina.
História familiar marcada por desafios
Durante a entrevista, Cauã Reymond também fez um relato sobre as origens de sua família e o contexto no qual foi criado. Ele explicou que sua mãe engravidou muito cedo, e que sua avó a havia adotado — uma mãe solteira e com deficiência física.
Além disso, revelou que sua tia, também adotada, era esquizofrênica, o que aumentava a complexidade do ambiente doméstico em que foi criado. “Eu sofri muito bullying, minha mãe era HIV positivo, minha avó adotou minha mãe, era mãe solteira [mãe solo] e deficiente física. Minha tia, que também foi adotada, era esquizofrênica, eu sofria muito bullying na rua”, desabafou o ator.
O impacto do bullying e o reencontro com a autoconfiança no jiu-jitsu
No segundo momento da conversa, Cauã detalhou o impacto psicológico que o bullying causou durante sua juventude. O ator revelou que, quando chegava em casa depois das ofensas sofridas na escola, não tinha com quem conversar. “Às vezes chegava em casa e eu não tinha ninguém pra falar, eu tinha vergonha, minha mãe estava correndo atrás da vida, foi mãe muito nova, então eu não falava para ninguém”, explicou.
O alívio, segundo ele, veio na adolescência, por volta dos 14 para 15 anos, quando começou a praticar jiu-jitsu. O esporte foi um divisor de águas em sua vida. “Aí eu entrei no jiu-jítsu aos 14 para os 15 anos, eu comecei a encontrar uma forma de defesa, de autoestima, de confiança”, disse.
