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Giovanna Antonelli é investigada e pode responder por dois crimes diferentes

A atriz e empresária Giovanna Antonelli se tornou alvo de duas investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) relacionadas à franquia Giolaser, especializada em estética e depilação. As apurações envolvem denúncias de propaganda enganosa e suspeita de pirâmide financeira.
Após a primeira denúncia ser aceita, ainda no fim de 2024, a atriz se desligou oficialmente da sociedade com o Grupo Salus, responsável pela rede.
Franqueados relatam prejuízos e omissões contratuais
Os inquéritos apontam que a franqueadora teria feito promessas de faturamento consideradas inalcançáveis por ex-franqueados, que agora cobram indenização de R$ 2,2 milhões. Um segundo inquérito, de natureza criminal, foi aberto em junho, com denúncias de concorrência desleal, falsidade ideológica e manipulação contábil. Os acusadores afirmam que os investimentos iniciais eram até 200% superiores aos valores divulgados e que a Giolaser omitiu seu vínculo com o Grupo Salus em documentos oficiais.
Os denunciantes alegam ainda que a rede não informou que grande parte das unidades pertencia ao próprio grupo controlador, além de dividir custos administrativos e operacionais com outras franquias. Segundo eles, o modelo de negócio criou dependência financeira e levou vários franqueados à falência. O número de processos judiciais contra a rede já ultrapassaria 900, segundo os documentos entregues ao MPSP.
Defesa de Giovanna Antonelli
A defesa da atriz afirma que ela não teve participação na gestão ou nas negociações com franqueados, atuando apenas como sócia minoritária e cedendo sua imagem à marca. Os advogados classificam as ações como “litigância predatória”, alegando que os autores usam o nome da atriz para dar notoriedade ao caso. A nota reforça que a responsabilidade é exclusiva do Grupo Salus.
Até o momento, o Grupo Salus não se manifestou sobre as acusações. Segundo o último balanço divulgado, a empresa controla 863 franquias de diferentes marcas e declarou faturamento de R$ 1 bilhão em 2023. As investigações continuam, com acompanhamento do MPSP.
