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História de Amor resgata legado de Maria Dealves, atriz marcante que brilhou na TV, teatro e cinema

No momento, a TV Globo reexibe a novela História de Amor, e com isso, a personagem Nazaré, interpretada por Maria Dealves, volta a ser vista pelo público. A atriz faleceu aos 60 anos, vítima de câncer de pele. Seu último papel na televisão foi em Um Menino Muito Maluquinho, de 2006, no qual viveu a diretora Marinês.
Nascida em Lagarto, Sergipe, Maria Alves construiu uma carreira multifacetada como artista, atuando no teatro, cinema e televisão. Ela iniciou sua trajetória como bailarina e cantora, mas foi na atuação que encontrou sua principal vocação.
Início no cinema
Seu primeiro trabalho nas artes foi no cinema, em 1964, na coprodução Lana, Rainha das Amazonas. Em 1973, Maria Alves expandiu sua atuação para além da interpretação, assumindo também o roteiro e a direção do filme Elisa, no qual também atuou. Na televisão, ganhou notoriedade por suas participações em diversas telenovelas de Manoel Carlos na TV Globo, frequentemente em papéis coadjuvantes de destaque. Entre elas, estão Baila Comigo (1981), Sol de Verão (1982), Felicidade (1991), História de Amor (1995) e Por Amor (1997).
Destaque em Xica da Silva
Maria Dealves teve uma trajetória marcante na televisão, com destaque para a TV Manchete, onde sua versatilidade brilhou. Em Kananga do Japão (1989), ela conquistou o público com a personagem Isaura, que se destacava por sua veia cômica. No entanto, foi em Xica da Silva (1996) que ela entregou uma de suas atuações mais memoráveis, interpretando Rosa, a leal melhor amiga da protagonista Xica, vivida por Taís Araújo.
Além de sua forte presença na televisão, Maria Dealves também deixou sua marca no cinema, participando de mais de 30 produções. Entre seus trabalhos notáveis nas telonas, estão Romance da Empregada (1984), dirigido por Bruno Barreto, e Para Viver um Grande Amor (1988), sob a direção de Miguel Faria Jr.
Sua presença se estendeu ainda à TV Globo, onde fez parte do elenco de Lampião e Maria Bonita (1982). Essa minissérie pioneira da emissora se tornou um verdadeiro marco na história da televisão brasileira.
