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Jojo Todynho esclarece fala sobre o SUS e afirma: “distorceram”
Na tarde de terça-feira (15/4), Jojo Todynho marcou presença no casamento da modelo Jakelyne Oliveira com o cantor Mariano, celebrado na Fazenda Santa Bárbara, em Itatiba, no interior de São Paulo. Durante o evento, a cantora conversou com jornalistas e respondeu sobre a polêmica gerada após comentários que fez sobre o SUS (Sistema Único de Saúde).
Jojo afirmou que foi mal interpretada e que sua intenção nunca foi criticar o SUS como um todo, mas sim chamar a atenção para falhas no sistema de saúde pública.
“Distorceram a minha fala. O SUS é um sistema integrado muito grande que amplia entre várias questões, só que eu falei especificamente da saúde, porque na saúde todos nós sabemos que há uma negligência, tanto é que se você for ler os feedbacks das coisas que são faladas, é um caos”, iniciou a influenciadora.
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“Eu não falei que o SUS tem que acabar, não xinguei funcionário, não falei nada disso, eu falei sobre o sistema de saúde que não funciona e que pela carga tributária que nós pagamos não pode ser mais ou menos, nada pode ser mais ou menos, tem que ser 100%”, continuou.
Jojo também apontou dificuldades enfrentadas por trabalhadores do setor, como greves por falta de reajuste salarial e escassez de recursos nos hospitais.
“Falta de material para trabalhar, falta de pagamento, tem muita gente que não trabalha por falta de reajuste, sempre tem greve de enfermeiros e médicos por falta de reajuste, de pagamentos”, completou.
Para ilustrar sua fala, ela compartilhou um caso próximo de internação hospitalar, onde precisou colaborar com itens básicos de higiene e conforto.
“A irmã de uma amiga minha ficou internada e nós tivemos que comprar fraldas entre outras coisas para ajudar, nós levamos lençol, cobertor entre outras coisas”, contou.
“A população cada dia que passa vem crescendo e os aparatos não estão sendo suficientes para poder dar esse respaldo que a sociedade precisa, então eu acho que eu como uma cidadã brasileira que paga os meus impostos e ando conforme a lei eu tenho o direito de me manifestar e falar: ‘não gente, está errado’…”
Ela criticou o fato de que muitos brasileiros precisam recorrer a escolas particulares, planos de saúde e segurança privada para garantir uma vida minimamente confortável — um reflexo direto da falência dos serviços públicos.
“Na primeira oportunidade que as pessoas têm quando há um crescimento é colocar o filho numa escola particular e em um plano de saúde, e nós pagamos esses trabalhos duas vezes, porque além dos impostos, para que a gente tenha uma qualidade de vida melhor, você acaba privatizando porque não tem essa qualidade…”
“…porque aí você faz o que? Coloca o filho em uma escola particular, faz um plano de saúde, você contrata um segurança, porque a nossa segurança pública está uma calamidade também. É como eu sempre falo, há bons policiais e há más policiais, não podemos generalizar, mas temos que sanar esse problema, ver a melhor forma de dar uma resposta à sociedade, porque é indignante você comprar um objeto e ser furtado, não podemos falar que é uma coisa normal, porque não é…”
Jojo enfatizou que suas críticas não têm viés partidário e são voltadas exclusivamente à defesa da população, principalmente dos mais pobres, que convivem diariamente com a precariedade.
“Isso não tem nada a ver com guerra política, se é esquerda ou direita, porque quem sofre no meio disso tudo é a população que muitas das vezes não tem dinheiro para colocar um pão ali. Eu peguei tudo isso, eu trabalhei com tudo, fui cuidadora de idosos, trabalhei em playkids, trabalhei vendendo cursos profissionalizantes em Madureira, então eu sei a realidade do que o pobre vive…”
“…tanto é que eu sempre falo para as pessoas que de onde eu saí, me desculpem, mas eu não quero voltar nunca mais, porque eu sei o perrengue que é. A palavra tem um peso e as pessoas querem fazer essa guerra, mas o certo é o certo”, finalizou.
