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Justiça manda YouTube apagar vídeos que comparam Gretchen com demônios

A cantora Gretchen obteve uma vitória na Justiça contra o Google Brasil, empresa responsável pelo YouTube, após ter sido alvo de vídeos ofensivos que utilizaram inteligência artificial para vinculá-la a imagens demoníacas e expressões depreciativas. A decisão judicial foi emitida em 23 de junho de 2025, atendendo a uma ação iniciada por seus advogados em 2024.
Nos conteúdos divulgados, tanto a imagem quanto a voz da artista foram manipuladas digitalmente para atribuir a ela títulos como “imperatriz de Gomorra”, “prefeita de Sodoma” e “profeta da lascívia”. As produções sugeriam ainda que Gretchen comandava uma suposta “cidade dos pecadores sexuais”, numa tentativa deliberada de ridicularizar e atacar sua reputação pública.




A magistrada responsável pelo julgamento reconheceu a violação dos direitos de personalidade da cantora, ordenando a remoção definitiva dos vídeos e a entrega dos dados que permitam a identificação dos autores das publicações, incluindo endereços IP e demais registros disponíveis nas plataformas envolvidas.
A decisão reforça que o uso de inteligência artificial para produzir conteúdos falsos ou ofensivos sobre pessoas reais pode gerar responsabilidade judicial, inclusive para os provedores que hospedam esse tipo de material. No caso analisado, o tribunal concluiu que o Google Brasil não adotou medidas eficazes para impedir a circulação dos vídeos, mesmo diante da gravidade da situação e de uma solicitação formal por parte da artista.
A sentença representa mais um avanço nas discussões sobre os limites éticos e legais do uso da tecnologia no ambiente digital. A defesa de Gretchen argumentou que a exposição da cantora nesse tipo de material violava não apenas sua honra, mas também sua integridade moral e identidade digital.
