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Léo Lins é condenado, e antigas polêmicas voltam à tona; relembre

Léo Lins, humorista conhecido por suas performances, foi recentemente condenado a oito anos e três meses de prisão por proferir piadas consideradas ofensivas a grupos minoritários. Esta não é a primeira vez que Lins se vê envolvido em controvérsias. Em 1º de outubro de 2023, o humorista causou alvoroço em Pomerode, Santa Catarina, ao divulgar um vídeo com piadas sobre a cultura germânica local para anunciar um show na cidade.
No vídeo, Lins ironizou a região do Vale Europeu, descrevendo-a como um local com “europeus trans” que nasceram no Brasil, mas se identificam como europeus. Ele também zombou da cidade, dizendo que ela ficava “na sombra de Blumenau” e que o alemão falado na região não era mais o mesmo da Alemanha.
Outras piadas de mau gosto incluíam referências à suástica encontrada na casa de um professor de História e a casos de suicídio na cidade, gerando forte repúdio.
Repercussão e cancelamento do show
O conteúdo do vídeo dividiu opiniões e levou a Prefeitura de Pomerode a cancelar a reserva do Teatro Municipal para o show. Em nota divulgada em 3 de outubro de 2023, a gestão municipal afirmou apoiar a liberdade de expressão, mas ressaltou que não permitiria que a cidade e seu povo fossem “foco de piadas que enaltecem as nossas vulnerabilidades e dores”. A prefeitura enfatizou a responsabilidade de proteger a imagem da cidade, construída com orgulho pelos pomerodenses.
A condenação e a resposta do humorista
No mesmo dia do cancelamento, Lins publicou outro vídeo em seu Instagram, criticando o que chamou de censura e sugerindo que a prefeitura de Pomerode havia “viajado no tempo para a época da ditadura“. Agora, a recente condenação do humorista a oito anos e três meses de prisão, em regime inicialmente fechado, é resultado de “discursos preconceituosos contra diversos grupos minoritários” presentes em uma de suas apresentações no YouTube.
Além da pena de prisão, a Justiça Federal determinou que Lins pague uma multa de 1.170 salários mínimos e uma indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos. O humorista classificou a decisão como uma “epidemia da cegueira racional” e informou que pode recorrer da sentença.
