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Tremores de terra e novos temporais atingem o Rio Grande do Sul já devastado pela tragédia climática

Tremores de terra e novos temporais atingem o Rio Grande

Sobe para 147 o número de vítimas fatais e há mais de 100 desaparecidos.

Os tremores ocorridos durante a madrugada de segunda-feira (13) na região da serra gaúcha atingiram uma magnitude de 2.4 na escala mR, uma medida especialmente adaptada para avaliar os abalos sísmicos que ocorrem no Brasil.

Segundo Bruno Collaço, sismólogo do Centro de Sismologia da USP, essa medição é comparável à Escala Richter, empregada globalmente para mensurar a intensidade dos terremotos. O termo mR é utilizado no Brasil devido à especificidade das medições feitas no país em relação a esse fenômeno.

De acordo com informações fornecidas pela Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), em conjunto com o Observatório Sismológico da UnB e o Centro de Sismologia da USP, os abalos sísmicos com magnitudes de 2.3 mR e 2.4 mR foram detectados nos municípios de Caxias do Sul, Pinto Bandeira e Bento Gonçalves, sendo percebidos pela população local.

Felizmente, não foram relatados feridos até o momento. Conforme relatório da RSBR, esse tipo de evento não é raro na região da serra gaúcha, que tem um histórico de abalos sísmicos com magnitudes variando entre 2.0 e 3.0 mR. Nos últimos dez anos, foram contabilizados 27 tremores na área da Serra Gaúcha.

Os tremores coincidem com as enchentes que afetam o Rio Grande do Sul, levantando a possibilidade de que tenham sido provocados pela acomodação do solo devido às chuvas intensas.

Contudo, de acordo com Collaço, ainda não é viável estabelecer uma relação direta entre os tremores e as precipitações, embora ele não exclua essa possibilidade.

“Em geral, seriam necessários alguns meses depois das chuvas para tremores desse tipo ocorrerem, mas não se pode descartar essa possibilidade. De qualquer forma, são necessários estudos aprofundados para afirmar com precisão as causas desses sismos”, destaca Bruno.

Segundo suas declarações, a investigação para identificar a origem do tremor demanda um período considerável, porém ele negou a hipótese de que o abalo sísmico tenha sido desencadeado por quedas de pontes ou outras estruturas afetadas pelas enchentes.

Ele explicou que um tremor causado pela queda de uma ponte seria localizado no próprio local do evento e teria um efeito fraco e de curta duração, o que pode tranquilizar a população, que chegou a temer que a região fosse sofrer com terremotos.

Nesta segunda-feira (13), o Rio Grande do Sul registrou duas mortes confirmadas, elevando o total de vítimas dos temporais e inundações que assolam o estado desde o final de abril para 147. Segundo o boletim da Defesa Civil, ainda há 127 pessoas desaparecidas e 806 feridos contabilizados.

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