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Camila Pitanga fala sobre equilíbrio emocional, amor e como cuida da mãe com transtorno mental

Desde a adolescência, Camila Pitanga, hoje com 47 anos, convive com a experiência de ser mãe da própria mãe. Aos 15, viu sua vida mudar quando Vera Manhães, ex-bailarina e atriz, foi diagnosticada com transtorno de personalidade paranoide, uma condição caracterizada por desconfiança excessiva e uma tendência a interpretar as ações dos outros como ameaças, mesmo quando não há motivo para isso. Isso gerou um ambiente de tensão e exigiu de Camila responsabilidades que moldaram sua trajetória de forma profunda.
Após a separação dos pais, a guarda de Camila ficou com o ator Antônio Pitanga. Ainda assim, a jovem tornou-se o pilar da mãe, acolhendo, cuidando e enfrentando as complexidades de um papel invertido. Mesmo nos momentos mais difíceis, encontrou forças na terapia e hoje vive uma fase de amor e conexão mais leve com Vera.
Maternidade traz nova luz à relação com Vera
O nascimento de Antonia, sua filha de 16 anos, foi um divisor de águas. Camila percebeu que aquele novo vínculo feminino também uniu as gerações. A maternidade vivida com plenitude passou a iluminar antigos afetos, antes marcados apenas pela responsabilidade. A relação com a mãe, agora mais afetuosa, ganhou novas emoções com a presença da neta.
Camila reconhece que o tempo trouxe amadurecimento e entendimento. Conseguiu separar suas dores das da mãe, e enxergou, enfim, formas diferentes de expressar o amor. O que antes era dor e peso, agora é trocado por cuidado e afeto que fluem com mais leveza.
Amor, cura e alicerces que se transformam
Para Camila, o ato de cuidar e ser cuidada não precisa seguir formas rígidas. Com serenidade, compreende que nem todas as famílias se encaixam em modelos tradicionais, e tudo bem. O essencial é esse amor que se banha, fluido, intenso e real.
