Murilo Huff aponta negligência em ação contra Dona Ruth pela guarda do filho

Decisão concedeu ao cantor a guarda unilateral provisória do menino

A disputa judicial pela guarda de Léo, filho de Marília Mendonça e Murilo Huff, ganhou novos contornos. No processo, Murilo menciona suspeitas de desvio patrimonial,  negligência, omissão e  alienação parental  como fundamentos para o pedido.

Até então, a guarda era compartilhada entre Murilo e Dona Ruth, mãe da cantora, falecida em 2021. No entanto, segundo a sentença da 2ª Vara de Família da Comarca de Goiânia, a convivência entre as famílias tornou-se conturbada,

Murilo afirma que busca proteger o patrimônio deixado por Marília a Léo, herdeiro direto de uma fortuna estimada em R$ 500 milhões. De acordo com o artista, há risco na forma como os bens estão sendo administrados.

A sentença judicial aponta indícios de que a avó estaria escondendo informações relevantes sobre a saúde do menino. Léo é portador de diabetes tipo 1, condição que exige atenção contínua, aplicação diária de insulina e dieta rigorosa.

Áudios e mensagens trocadas entre babás contratadas pela família reforçam a denúncia. Os registros revelam que Dona Ruth orientava as cuidadoras a omitirem dados médicos e a esconderem medicamentos e laudos clínicos do pai da criança.

“Áudios e mensagens trocadas entre as babás contratadas revelam que a avó materna, com quem o menor atualmente reside, frequentemente omite informações médicas essenciais ao genitor, impede o envio de relatórios e laudos clínicos, instrui que se escondam medicamentos, laudos e sintomas, chegando ao ponto de orientar diretamente”, afirma a sentença.

Frases como “não fala pro Murilo que ele tá tomando antibiótico“, “esconde o remédio” e “Murilo quer se meter onde não sabe” foram atribuídas à avó de Léo. O juiz entendeu que essas atitudes configuram violação da obrigação de cooperação parental e comprometem a transparência exigida em casos de guarda compartilhada.

Além da negligência, foram identificados elementos que caracterizam alienação parental. Na decisão, foi destacado que há tentativas de afastar o menino do pai e prejudicar a imagem do genitor perante o filho.

A disputa também envolve os rendimentos futuros que Léo deve receber pelas obras deixadas por Marília. Entre eles, estão os direitos autorais de 335 músicas registradas, além dos lucros de filmes e documentários sobre a vida da artista.