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Quem é a publicitária que perdeu a vida em ataque a tiros diante a casa de uma amiga; passado obscuro da vítima vem à tona
O caso segue sob investigação.
A Polícia Civil de São Paulo está diante de um crime que possui características de execução e que teve como cenário a cidade de Ribeirão Preto, localizada no interior do estado paulista.
A Polícia Civil abriu uma investigação para esclarecer os detalhes em torno do falecimento da publicitária Dayane Isabel Roncari, de 33 anos.
Ela perdeu a vida no domingo (4) após ser alvejada por pelo menos dez disparos, enquanto estava na entrada da residência de uma amiga, que fica localizada na zona Oeste da cidade.
Rodolfo Latif Sebba, delegado responsável pela condução da investigação, declarou que todos os indícios apontam para a possibilidade de que o crime tenha sido uma execução. Na cena do homicídio, a perícia identificou 30 cápsulas deflagradas de calibre 9 milímetros.
Conforme relatado no boletim de ocorrência, lavrado pelas autoridades competentes, a ação dos disparos foi realizada por dois indivíduos usando capuzes, que saíram de um veículo de cor preta, tendo a vítima como alvo. Dayane sofreu impactos nas pernas, costas, abdômen, seios, braços, rosto e na cabeça.
“Com o que a gente tem nesse momento, a gente já consegue descartar feminicídio, entre outras coisas. Nós temos de fato, concreto, a execução de uma pessoa”, explicou agente de segurança Rodolfo Latif Sebba.
“Nós temos comprovado pelo modus operandi que é uma ação do crime organizado, então nosso objetivo agora é tentar identificar essas pessoas”, ressaltou Sebba.
A mulher que estava em conversando com a publicitária no momento do ataque não foi ferida. A análise das imagens capturadas por câmeras de segurança no local pode fornecer à polícia informações adicionais para a identificação dos atiradores.
Ainda segundo o delegado Rodolfo Latif, a vítima fatal já tinha passagem pela polícia, inclusive sob a acusação de assassinato. Em 2018, ela foi detida e acusada de homicídio e tentativa de homicídio dolosos, caracterizados pela intenção de causar morte.
Cinco anos depois, ela foi sentenciada por esses crimes, mas permanecia recorrendo em liberdade. Conforme a acusação, em outubro de 2018, Dayane estava dirigindo com amigas, incluindo uma grávida de nove meses, quando se deparou com seu ex-namorado, Wendell Souza de Almeida, em uma motocicleta com a jovem Ester Lisboa Ribeiro Santos na garupa.
Ela começou a perseguir o casal, resultando em um acidente que resultou na morte de Ester, de 18 anos. Testemunhas afirmaram que Dayane chegou a cruzar o canteiro central da Avenida Luiz Galvão César na tentativa de atropelar as vítimas.
Após colidir com a traseira da moto, Dayane acelerou o veículo contra Ester e Wendell, que estavam caídos no chão. Ester faleceu instantaneamente, enquanto Wendell sofreu lesões graves, mas conseguiu sobreviver à agressão.
Na ocasião, Dayane alegou à polícia que o acidente ocorreu enquanto ela acompanhava o ex-namorado para solicitar que ele devolvesse a moto e o capacete que Ester utilizava, pois ambos pertenciam a ela.
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Além disso, afirmou ter perdido o controle do veículo devido ao fato de estar dirigindo o carro automático da mãe, do qual não estava familiarizada com o mecanismo.
Esses argumentos não foram aceitos pela investigação, resultando na denúncia do Ministério Público por homicídio de Ester, tentativa de assassinato de Wendell e motivação ciumenta.
A Justiça decretou sua prisão preventiva, mas em abril de 2019, Dayane foi libertada por meio de um habeas corpus.