Vídeo – Fernando Scherer, o Xuxa, revela luta contra alcoolismo e depressão: ‘uma dor que eu tinha’

Na noite de domingo (8 de junho), o ex-nadador Fernando Scherer, popularmente conhecido como Xuxa, abriu o coração sobre os desafios que enfrentou em sua vida. Em uma entrevista emocionante, o atleta revelou ter lutado contra o vício em álcool e a depressão.

Durante sua participação no programa Domingo Espetacular, da Record, com a repórter Carolina Ferraz, Fernando compartilhou detalhes sobre seu alcoolismo, que teve início no começo de sua carreira. Ele explicou que a intensa pressão para alcançar a excelência o levava a abusar da bebida, acreditando que isso o tornava invencível. “Não era a bebida pela bebida, pelo prazer de beber, era pelo prazer de não estar em contato com uma dor que eu tinha”, desabafou Xuxa.

Pressão e fuga da dor

O ex-atleta refletiu sobre a importância da total dedicação ao realizar algo de grande significado pessoal. Ele enfatizou que qualquer interferência, seja ela interna ou externa, compromete a capacidade de entregar o melhor desempenho. Em um período de grande realização e confiança em suas habilidades, o atleta admitiu que o sucesso o levou a sentir-se invencível.

Tornar-se o número um do mundo em uma idade tão jovem, com a consequente fama, sucesso e a rápida mudança financeira, o fez, de certa forma, desviar-se do caminho. No entanto, ele descreveu um processo contínuo de se perder e se encontrar, até que finalmente conseguiu se reencontrar completamente.

Fama precoce e crise pessoal

Fernando, após reconhecer seu vício, tomou a difícil decisão de encerrar sua carreira na natação. Ele relata sua experiência inicial com o álcool, descrevendo um primeiro episódio desagradável que o levou a prometer não beber novamente. No entanto, essa promessa não durou, e o consumo de álcool rapidamente se transformou em um vício, uma válvula de escape impulsionada pela tentativa de fugir da dor. O ex-atleta sugere que, talvez, o vício tenha sido uma forma inconsciente de encontrar coragem para parar de nadar, algo que ele desejava há tempos, mas não conseguia admitir.